“Parafraseando o cientista Carl Sagan, somos todos produtos das estrelas, e nossas joias são produtos de colisões de estrelas”, diz em comunicado Edo Berger, cientista líder da equipe responsável pela descoberta de que o ouro da Terra pode ter vindo de colisões de estrelas mortas no universo.
O ouro é muito valorizado por vários motivos, o que inclui sua raridade no universo. Cientistas acreditam que o ouro deve ter nascido em um evento extremo, como uma explosão de raios gama, que foram gerados com a colisão de estrelas.
Cientistas observaram o fenômeno e concluíram que é resultante da colisão de duas estrelas de nêutrons, ou seja, núcleos mortos de estrelas que já explodiram como supernovas. O resultado da colisão foi a criação de elementos pesados, como o ouro.
A explosão de raios gama ejetou um material equivalente a 100 vezes a massa do Sol. A quantidade de ouro produzida e ejetada durante a fusão das duas estrelas de nêutrons pode ser tão grande quanto 10 massas da Lua, satélite natural da Terra.
A explosão ocorreu a 3,9 bilhões de anos-luz da Terra e durou menos de dois décimos. O evento foi visto pelo satélite Swift, da Nasa (Agência Espacial Americana), em 3 de junho. Diversos outros elementos foram produzidos, além do ouro.
O estudo do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA) foi divulgado na revista Astrophysical Journal Letters na quarta-feira (17).
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