A americana Lizzie Velasquez, nove anos atrás, encontrou um vídeo que a retratava como "A mulher mais feia do mundo", além de conter mais de 4 milhões de acessos na época. Hoje, com 26 anos, ela é uma ativista anti-bullyng. "Eu chorei por muitas noites. Era adolescente, pensei que a minha vida tinha acabado", diz ela.
Velasquez já estava acostumada a sofrer bullying diariamente devido a sua aparência. Ela é incapaz de ganhar peso, não importa o quanto coma. Ela lembra que, quando entrou no jardim de infância, as crianças costumavam a se afastar dela, com medo. Agora com 26 anos, ela mede 1,57 e pesa 27 quilos. É totalmente cega no olho direito e enxerga pouco com o esquerdo, e cresceu entrando e saindo de hospitais, com uma série de problemas de saúde: fez cirurgia no olho, na orelha, reconstrução completa do pé, testes de densidade óssea e uma série de exames de sangue enquanto médicos tentavam decifrar o que ela tinha.
Quando era criança, seus pais lhe disseram para ir para a escola com a cabeça erguida, sorrir e ser agradável com todos, não importa como eles a tratassem. É uma mensagem que ficou com ela, e ela diz que, agora, perdoa a pessoa que postou o vídeo no YouTube.
E agora a luta de Velasquez contra o bullying é o foco de um novo documentário que estreou no festival de South by Southwest em Austin, no Texas. Sara Hirsh Bordo, diretora do filme, diz que ele não é apenas sobre Velasquez, mas uma história universal, para todo mundo que sofreu bullying. "Sua experiência de superar a adversidade e ver o outro lado de uma experiência dolorosa é universal", diz ela.
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